segunda-feira, novembro 28, 2005

Braga vence Benfica de forma surpreendente, mas com justiça!

O Sporting de Braga colocou a nu o mau momento do Campeão Nacional, vencendo por 5-4, alcançando a sua 1ª vitória caseira. Trata-se, obviamente, de uma grande surpresa, mas os pupilos de André Teixeira bem mereceram alcançá-la, fruto duma atitude muito positiva que se foi transformando, ao longo do jogo, em confiança nas suas capacidades.
O início de jogo trouxe um Braga muito dinâmico e o agora titular Bruno Tavares foi logo obrigado a demonstrar as suas qualidades, com duas ou três intervenções atentas.

Os pupilos de Adil Amarante responderam de imediato e só não inauguraram o marcador porque André Lima apenas conseguiu acertar no poste da baliza contrária.
Estávamos então perante um começo muito prometedor e o golo surgiu mesmo, num lance infeliz de Rogério Vilela superiormente aproveitado por Pedrinho.
O Benfica voltava a cometer erros individuais comprometedores, sofrendo as consequências, também por mérito de um adversário que apresentava a sua 1ª linha defensiva muito subida.
E a equipa de André Teixeira estava verdadeiramente endiabrada e eficaz, aumentando pouco depois para 2-0, numa forte meia-distância de Fabrício, que aproveitou uma certa indefinição na marcação de Miguel Almeida e Rogério Vilela.
Os Campeões Nacionais aumentaram então a sua pressão e tomaram de assalto a baliza contrária, com Pli a ser sujeito a muito trabalho.
André Teixeira sentiu o perigo, pediu de imediato o seu minuto, rectificou a postura defensiva da sua equipa, de forma a contrariar o domínio contrário.
O jogo entrou então numa fase algo incaracterística, com contra-ataques sucessivos, sem grandes consequências.
Todavia, era uma situação que agradava mais aos bracarenses que tinham conseguido afastar aquele sufoco a que estiveram sujeitos.
O Benfica voltava a assumir as rédeas do encontro, mas a estreia de Pli nas redes dos minhotos prometia ser inesquecível, pois começava a ser difícil contabilizar as suas intervenções, algumas mesmo salvadoras.
Já perto do intervalo, Adil Amarante pediu o seu “time-out”, mas a sua equipa, mesmo remetendo o adversário para a sua zona defensiva, continuava a falhar de forma clamorosa na finalização e assim tornava-se difícil bater Pli.
Para agravar este cenário, no último segundo desta etapa, Pedrinho recepcionou uma bola endossada por Pli, desviando Zé Maria e chegou ao 3-0.
Adil reclamava a 6ª falta do Braga, não concedida pela dupla de arbitragem, perdeu a cabeça e recebeu mesmo ordem de expulsão.
O Benfica entrou na 2ª parte disposto a inverter o resultado negativo averbado, assumindo o risco, pois pressionava fortemente em todo o campo, deixando muito espaço nas costas para ser explorado.
E foi aí que a equipa de André Teixeira achou que devia entrar, chegando a um impensável 4-0, numa extraordinária saída de pressão, circulando a bola com tranquilidade, até ao toque final de Coroas.
O Braga, ao longo do Campeonato, tem demonstrado que é uma equipa que sabe jogar Futsal, dinâmica na circulação de bola e hoje, com espaços, tudo saía a preceito, ante um adversário demasiado desinspirado.
Ainda para mais com Pli a transmitir muita confianças aos seus companheiros de equipa.
Aos 7 minutos, o Braga cometeu o seu 1º pecado a nível defensivo e o Benfica conseguiu finalmente o golo que tanto procurou, com Migue Almeida a responder com acerto à assistência de Jardel.
Os Campeões Nacionais ganhavam um grande fôlego, acentuavam a sua pressão, mas o GR Pli voltava a demonstrar todas as suas faculdades.
Aos 9 minutos, Ricardinho do Braga foi expulso por acumulação de amarelos, pagando caro a sua infantilidade no 1º amarelo, que resultou de festejos no banco aquando de um dos golos da sua equipa.
O Benfica ficou em superioridade numérica e conseguiu chegar ao 4-2, num remate frontal de Rogério Vilela, relançando o encontro.
E o 4-3 surgiu logo de seguida, numa recarga de Pica-Pau, o que obrigou de imediato André Teixeira a pedir o seu minuto, de forma a rectificar a postura da sua equipa e a estancar o renascimento contrário.
O Braga já não era a mesma equipa, sentia grandes dificuldades para sair a jogar, ao mesmo tempo que o adversário actuava de forma mais criteriosa e, consequentemente, objectiva.
A 4 minutos do fim, o Braga chegou mesmo à 5ª falta, mas André Teixeira efectuou uma substituição feliz colocando Edgar em campo e este aumentou para 5-3, respondendo de forma sublime a um grande passe de Pedrinho.
Adil Amarante colocou de imediato Rogério Vilela como GR avançado e chegou mesmo a novo golo, num lance feliz de Pica-Pau que tentava o passe para o 2º poste, onde estava Miguel Almeida.
Faltava menos de 2 minutos para se jogar e o pavilhão ficava ao rubro.
A 1 minuto do fim, Edgar recepcionou uma bola com o braço, o que originou que André Lima fosse para a marca dos 10 metros. Todavia, o capitão do Benfica rematou mal e permitiu a defesa de Pli.
Os segundos finais foram de uma intensidade dramática, com o Braga a segurar uma vitória surpreendente, mas justa.

Fonte: FutsalPortugal

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